Prefeitura de Suzano abre diálogo com artistas
segunda-feira, 15 de julho de 2013“Proveitosa”. Assim o secretário de Cultura de Suzano, professor Suami Paula de Azevedo, avaliou o encontro que teve com representantes de diferentes setores da área cultural da cidade, nesta quinta-feira (11), por duas horas, em seu gabinete. Mas, no começo, a conversa, que não chegou a ser, ainda, um diálogo, como o próprio secretário propôs aos artistas, foi intensa.
O secretário, que tentou fazer uma retrospectiva da sua gestão até junho, e que, também, propôs uma pauta para ser discutida, foi interrompido por um dos artistas, Cleiton Pereira. Determinado, e firme nas suas posições, ele, dizendo-se “uma bomba (prestes) a explodir”, foi explícito: “A gente quer fazer a abertura dessa conversa, secretário, porque lamentamos a situação a qual chegou o nível da Cultura na cidade, e por isso não vamos falar em pauta, por enquanto, porque a solução para os problemas vai além da pauta”.
Apesar de aumentar o tom da conversa, levando-a para um atrito, Cleiton ponderou, por outro lado, que “precisamos amenizar a conversa”, e acentuou que “o tom nervoso de uma conversa se dá em razão de fatos ocorridos na atual gestão que contraria a vontade dos artistas”. E ele determinou qual enfoque deveria seguir a conversa: “Queremos falar de política pública de cultura, não de agenda”.
Compreensivo, Suami disse concordar com Cleiton: “A situação a qual chegou a cultura em Suzano é lamentável. Mas é preciso situar bem essa situação. Assumimos a Prefeitura zerada, com problemas em todas as áreas, e com a Cultura não foi diferente. Os espaços públicos estavam deteriorados e chovia até dentro da Biblioteca. E dos equipamentos que sobraram, pouco poderiam ser aproveitados”.
Suami citou outros problemas encontrados quando assumiu a Secretaria: falta de funcionários, de recursos e destacou, insistindo na sua tese, colocada em outras reuniões: “Não temos uma estrutura na Cultura para a qual possamos dar continuidade e estamos começando tudo, novamente. E para que essa situação não se repita, estamos pensando numa estrutura para a Cultura que seja permanente, para não deixar para a próxima gestão os mesmos problemas deixados para essa pela gestão anterior. Leva tempo? Leva. Mas, se começarmos agora, levará menos tempo”.
Às afirmações de Suami, Cleiton insistiu, reforçando sua posição de que “a solução para os problemas vai além de uma pauta de discussão”: “Falar de problemas e dificuldades não vai resolver, e o que queremos é ser ouvidos, porque até o momento não houve convite para isso. E não queremos saber de agenda, nem de problemas, porque, se houve coisas boas na administração anterior, também houve coisas das quais discordamos, e sobre as quais reclamamos, e essa gestão está a sujeitas a erros e, portanto, à críticas”.
Débora Garcia disse entender que o secretário Suami precisa de “tempo para se apropriar das coisas”. Também reclamou a falta de diálogo e adiantou o que eles querem, na verdade: “Essa coisa de política pública vem do que a sociedade demanda, da continuidade do que já existia, mesmo que a atual gestão queira propor coisas novas, para melhorar ainda mais o que já existe”.
Mas, lamentando que “não vê melhoria”, Débora disse que “espaços públicos estão fechados, sem atividades”. Débora reclamou de mais coisas: “Falta divulgação do que o secretário diz que está sendo feito, e o que é informado é feito pela internet, e nem todas as pessoas tem acesso a essa tecnologia da informação”.
Atento às reclamações dos artistas, Suami afirmou: “Muito boa a vinda de vocês aqui, hoje. Muito boa”. Então, buscando o fio da meada, disse que “gostaria de clarear alguns pontos: precisamos estabelecer alguns planos, estabelecer metas para todas as variantes da arte, montar um grupo de teatro municipal, apoiar todos os demais grupos fora do Poder Público, constituir um Coral Municipal, um corpo de baile, investir nas artes plásticas, no cinema, na literatura e, como eu já disse, em todas as variantes da arte”.
Suami falou sobre a Conferência Intermunicipal, que será realizado em Mogi das Cruzes, no próximo dia 11 de agosto, acertada com os secretários de Cultura da região do Alto Tietê. “Vamos levar idéias que a gente quer para nossa cidade. Precisamos das idéias de vocês? Sim. O que a gente precisa levar à essa conferência, e o que vamos propor em benefício da cidade? Precisamos estabelecer base para todas as ideias e propostas. Podemos pensar nisso juntos? Sim, podemos. Vocês têm propostas? E, se as tem, vamos discutir essas propostas já”.
Diante do exposto por Suami, Cleiton propôs, enfim, aceitando dialogar com o secretário: “Agora, sim, a gente pauta a pauta, porque, apesar de termos, ainda, divergências, acho que conseguimos chegar a alguns pontos comuns”.
Encerrando a reunião, o secretário foi enfático: “Nunca, nunca, sob hipótese alguma, houve qualquer impedimento de minha parte para o diálogo. Vocês ouviram dizer isso, que não é real, verdadeiro. E, concretamente, estou aberto ao diálogo, e podemos realizar reuniões por áreas ou geral, da forma que vocês acharem melhor, e saímos dessa reunião de hoje em busca do diálogo, de solução”.
Fonte: Secretaria de Comunicação Institucional (SECOI)
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