Suzano: Mostra de Referências Teatrais começa na terça
segunda-feira, 13 de agosto de 2012De 14 a 26 de agosto, Suzano será palco da oitava edição da Mostra de Referências Teatrais. Consolidada como um evento de destaque nas artes cênicas do Estado de São Paulo e do País, neste ano, a atividade é promovida pela Prefeitura de Suzano e a Associação Paulista de Artes Cênicas (Apac).
Como todos os espetáculos são gratuitos, o evento também é uma forma de democratizar o acesso à cultura e à arte no município. Assim como nas edições anteriores, o público poderá conferir espetáculos legitimados de grupos consagrados no país, além de grupos teatrais de Suzano.
Serão oito peças teatrais, duas oficinas voltadas para grupos de teatro e um bate-papo com a atriz Maria Alice Vergueiro que marcará abertura da mostra em 2012, nesta terça-feira (14/8), às 20h, no Galpão das Artes, espaço que mais uma vez receberá a maior parte das encenações, mas também haverá teatro de rua nas praças dos Expedicionários, João Pessoa e Cidade das Flores, e ainda no Centro Cultural Monteiro Lobato, no Jardim Colorado (confira abaixo a programação completa).
A mostra tem o objetivo de trazer a cidade o teatro que é referência no País, tanto para a formação de público como para a troca de experiências com artistas locais, conforme explica o coordenador de Artes Cênicas da Prefeitura de Suzano e curador da 8ª Mostra de Referências, Cleiton Pereira. “A mostra é um evento de formação. Prova disso, é que nesses oito anos os grupos de teatro que já existiam e os que se formaram a partir de 2005 amadureceram muito e hoje não deixam nada a deseja aos grupos da capital”.
Pereira destaca ainda a importância dos investimentos da administração municipal na área da cultura, sobretudo na realização do evento e na valorização das artes cênicas. “Olhar para a área cultural, em especial para realização da mostra, foi um projeto da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Suzano, que desde o início envolveu artistas, grupos e movimentos de teatro da cidade na realização”.
Já para a presidenta da Apac e também curadora do evento, Tuane Vieira, a mostra veio para ressaltar a importância do Galpão das Artes – espaço cultural voltado às artes cênicas criado pela Prefeitura em 2006. “O Galpão das Artes é a nossa casa, é a casa de todos os grupos de teatro da cidade. Sem este espaço democrático, que nos foi assegurado pela Prefeitura onde nós mesmos fazemos a gestão, não conseguiríamos seguir. É lá que fazemos nossos ensaios e apresentações”, conclui.
8ª MOSTRA DE REFERÊNCIAS TEATRAIS DE SUZANO
DE 14 A 26 DE AGOSTO
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Todas as atividades da Mostra de Referências Teatrais são GRATUITAS. Os ingressos devem ser retirados no local das apresentações, uma hora antes dos espetáculos (serão entregue apenas 1 ingresso por pessoa).
14/ago (terça) – 20h
Abertura: Bate-papo com a atriz Maria Alice Vergueiro
Local: Galpão das Artes
Maria Alice Vergueiro
Estreou no teatro em 1962, no espetáculo “A Mandrágora”, sob a direção de Augusto Boal. Depois, sua carreira em teatro passou pelo Teatro Oficina, onde atuou na histórica montagem de “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade, sob a direção de José Celso Martinez Corrêa, que veio a se transformar em filme.
Atuou junto ao Living Theatre. Foi fundadora, ao lado de Luiz Roberto Galízia e Cacá Rosset, do Teatro do Ornitorrinco, onde atuou em diversos espetáculos.
Maria Alice também é professora de teatro na Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e na Escola de Comunicações e Artes da mesma universidade.
É conhecida no teatro paulistano como Dama do Underground ou Velha Dama Indigna. Esteve presente como atriz em alguns dos mais importantes e instigantes espetáculos da cena paulistana nos últimos 40 anos. Entre eles, “O Rei da Vela” (José Celso Martinez Corrêa), “Mahagony Songspiel” (Cacá Rosset), “Electra Com Creta” e “Katastrophé” (Gerald Thomas).
Além de fundadora, foi atriz do Teatro do Ornitorrinco e assistente de direção de Cacá Rosset em “Sonho de Uma Noite de Verão”. Em 1992, atuou e dirigiu o espetáculo “O Amor de Dom Perlimplim com Belisa em seu Jardim” (Federico Garcia Lorca), inaugurando o Núcleo 2 da companhia, que contava com a colaboração de vários profissionais que também passaram pelo Núcleo 1: Ricardo Castro, Luciano Chirolli, Gerson Steves, além de Rosana Seligman e Wanderley Piras.
Em 1995 dirigiu a peça “Quíntuplos”, ainda pelo Núcleo 2, com Christiane Tricerri, Luciano Chirolli e outros. Em 2002, já afastada do Ornitorrinco, adaptou “Mãe Coragem”, no qual atuou, sob a direção de Sérgio Ferrara, ao lado de Rubens Caribé, José Rubens Chachá e outros.
Em 1988, quando interpretou Lucrécia em “Sassaricando”, contracenava com um núcleo de atores e atrizes de trajetória eminentemente teatral, entre os quais Ileana Kwasinsky, Jandira Martini e Paulo Autran.
Recentemente ficou mais conhecida pelo curta-metragem “Tapa na Pantera”, dirigido por Esmir Filho, Mariana Bastos e Rafael Gomes, no qual interpreta uma senhora que fuma maconha há 30 anos e fala sobre suas experiências com a droga, personagem criado pela própria atriz. O curta fez sucesso na internet menos de uma semana após ter sido postado no YouTube sem a permissão dos autores.
No teatro
2008 – “As Três Velhas”, de Alejandro Jodorowsky, sob sua direção
2005 – “Vigília Literária”
2005 – “O Clássico da Vanguarda: documentação e história”
2003 – “Temporada de Gripe”, com direção de Felipe Hirsch
2002 – “Mãe Coragem e Seus Filhos”, com direção de Sérgio Ferrara
1999 – “Sabah das Bruxas”
1998 – “O Avarento”, com direção de Cacá Rosset
1996 – “No Alvo”
1994 – “A Comédia dos Erros”, de William Shakespeare, com direção de Cacá Rosset
1992 – “O Amor de Dom Perlimplim com Belisa em seu Jardim”, de Federico Garcia Lorca, sob sua direção
1989 – “O Doente Imaginário”, de Molière, com direção de Cacá Rosset
1989 – “E Ponha o Tédio no…Ó”
1988 – “A Velha Dama Indigna”, com direção de Cacá Rosset
1986 – “Katastrophé”
1986 – “Eletra Com Creta”, com direção de Gerald Thomas
1985 – “O Gosto da Própria Carne”
1983 – “O Belo Indiferente”, de Jean Cocteau, com direção de Cacá Rosset
1983 – “Mahagonny Songspiel”, de Bertolt Brecht, com direção de Cacá Rosset
1982 – “O Lírio do Inferno”
1981 – “O Percevejo”, com direção de Luís Antônio Martinez Corrêa
1978 – “A Ópera do Malandro”, de Chico Buarque de Hollanda
1977 – “Teatro do Ornitorrinco Canta Brecht e Weill”, com direção de Cacá Rosset e Luiz Roberto Galízia
1977 – “Os Mais Fortes”, adaptação de “A Mais Forte”, de August Strindberg
1977 – “Delírio Tropical”
1975 – “Galileu Galilei”, com direção de José Celso Martinez Corrêa
1973 – “O Casamento do Pequeno Burguês”
1972 – “Gracias, Señor”, criação coletiva com direção de José Celso Martinez Correa
1967 – “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade, com direção de José Celso Martinez Correa
1965 – “A Grande Chantagem”
1964 – “A Ópera de Três Vinténs”, de Bertolt Brecht
1962 – “A Mandrágora”
No cinema
1974 – “Amor e Medo”
1979 – “Maldita Coincidência”
1983 – “O Rei da Vela”
1985 – “Urubus e Papagaios”
1988 – “Romance”
1991 – “O Corpo”
1992 – “Perfume de Gardênia”
1997 – “A Grande Noitada”
2000 – “Cronicamente Inviável”
2004 – “Ato II Cena 5”
2006 – “Tapa na Pantera”
2009 – “Quanto Dura o Amor?”, de Roberto Moreira
Na televisão
2010 – “Elvirão Ou Como Vovó Já Dizia”
2009 – “Tudo o que É Sólido Pode Derreter”
2007 – “O Sistema” (sitcom de Fernanda Young)
2000 – “Brava Gente”
1987 – “Sassaricando” (telenovela de Silvio de Abreu)
1981 – “Jogo da Vida”
No Youtube
2006 – “Tapa na Pantera”
15 de agosto (quarta)– 19h às 22h
Oficina: Iluminação Teatral com Tomate Saraiva
Vagas: 20 (para interessados a partir de 14 anos)
Local: Galpão das Artes
16/ago (quinta) – 20h
Espetáculo: “O Concílio da Destruição”
Les Commediens Tropicales (São Paulo)
Local: Galpão das Artes
Classificação etária: 12 anos
Duração: 80 minutos
Sinopse
Os países não dispunham de mais espaço, real ou virtual. A população havia superado sua capacidade criativa e superlotado casas, carros, museus, escolas e computadores com suas obras. Estudar havia se tornado um exercício insuportável. O caos apontava no horizonte quando os homens conseguiram se defender. Era preciso destruir para se ter o direito de criar.
“O Concílio da Destruição” parte da premissa que o mundo está superlotado de arte e informações, estudos, ensaios, teses (etc.) sobre a mesma, e que cada país terá que escolher cinco obras de seus artistas mortos para serem preservadas, enquanto todas as outras serão destruídas. A ação se desenrola num país desconhecido, onde o Concílio da Destruição está atrasado, porque os jurados estão num impasse entre escolher uma obra cujos artistas foram revolucionários ou condená-los (e sua obra) ao esquecimento.
Escrita por Carlos Canhameiro, novo dramaturgo da cena paulista, a obra tem abordagem formal e temática de extrema importância à contemporanei dade, tanto que foi finalista do Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia 2010.
Ficha técnica
Encenação: Cia. Les Commediens Tropicales
Provocação cênica: Coletivo Bruto
Texto: Carlos Canhameiro
Elenco: Carlos Canhameiro, Daniel Gonzalez, Paula Mirhan, Rodrigo Bianchini, Rui Barossi e Tetembua Dandara
Concepção sonora e música ao vivo: Rui Barossi
Iluminação: Daniel Gonzalez
Cenário: José Valdir
Figurino: Carol Ihitz
Pensamento corporal: Tica Lemos
Vídeo: Carlos Canhameiro
Produção: Carlos Canhameiro e Tetembua Dandara
17/ago (sexta) – 17h
Espetáculo: “O Cortejo da Memória”
Grupo Redimunho de Investigação Teatral (São Paulo)
Local: praça dos Expedicionários – cortejo até a praça João Pessoa
Classificação etária: livre
Duração: 30 minutos
Sinopse
Um vendedor de memórias conduz uma velha trupe circense que, na sina de trocar sua arte por pouso e comida, percorre os “Brasis”, deixando por onde passa o rastro das histórias de cada lugarejo visitado. O público é transportado às mais diversas lembranças de um tempo que parece não mais existir.
Ficha técnica
Texto e direção: Rudifran Pompeu
Assistente de direção: Izabela Pimentel
Elenco: Izabela Pimentel, Rudifran Pompeu, Giovanna Galdi, Carlos Mendes, Rafael Ferro, Vitor Rodrigues, Keyth Pracanico, Alline Sant’Ana,Nataly Cavalcanti, Jandilson Vieira da Silva do Espírito Santo, Leandro Borges e Paulo Henrique Sant’Anna
18/ago (sábado) – 15h
Espetáculo: “Todo Mundo Tem um Sonho”
Grupo Pombas Urbanas (São Paulo)
Local: praça Cidade das Flores
Classificação etária: livre
Duração: 60 minutos
Sinopse
Mago Alfredo sonha com uma companhia de circo, mas ele não sabe onde encontrar os artistas. Em suas andanças pelos tempos, vê nascer uma linda menina cigana e, perto deste nascimento, vê um menino lavrador que sonha aprender a desaparecer.
O menino vira mágico e se casa com a cigana, que agora é uma mulher vidente. Viajando pelo Brasil, numa carroça puxada pelo jumento inteligente Roucinol, eles encontram Zimbo, um macaquinho de circo que está perdido na floresta. Juntos os quatro formam uma família diferente, unida pelo sonho e pelo amor à arte. Eles viajam pelo mundo levando suas atrações fantásticas. É a Grande Companhia do Circo Místico!
O grupo
O Grupo Pombas Urbanas tem 22 anos de existência, com um repertório de 12 espetáculos, em sua maioria dos textos de autoria de Lino Rojas. Possui estudo contínuo sobre a cidade de São Paulo e construção de uma linguagem cênica que traz a poética do jovem brasileiro atual. Possui forte experiência de fazer teatral com jovens e em comunidades, tendo participação e intercâmbios com redes e grupos do Brasil e América Latina.
Ficha técnica
Texto: Lino Rojas
Direção: Paulo Carvalho Jr.
Trilha sonora: Pombas Urbanas
Sonoplastia: Natali Santos
Cenografia e figurino: Pombas Urbanas
Produção executiva: Cláudio Pavão
Iluminação: Fernando Alves
Elenco: Adriano Mauriz, Juliana Flory, Marcelo Palmares e Marcos Kaju
19 de agosto (domingo) – 16h
Espetáculo infantil: “Esperando Gordô”
Cia. Lona de Retalhos (São Paulo)
Local: Galpão das Artes
Classificação etária: livre
Duração: 50 minutos
Sinopse
Dois palhaços esperam alguém. Onde poderíamos colocar estes palhaços? Que lugar é esse? Se no original de Beckett eles esperam em um lugar qualquer, somente o cenário é descrito e, mesmo assim, sem indicar um lugar específico, onde poderíamos colocá-los?
Pensamos que esse tal lugar poderia sugerir algum tipo de questão à plateia. A questão que propusemos foi ligada à figura do palhaço e ao seu habitat mais tradicional, o circo. Quem estes personagens esperam? Por que não fazer um comentário sobre o circo?
Um diálogo típico da dupla Augusto e Branco deu-nos uma situação a este circo:
Batatinha: “Chocolate, eu tô com fome.
Chocolate: “Você tem dinheiro? Se não tem dinheiro não tem fome.
Desta forma, contextualizamos o espetáculo em um circo abandonado, onde só sobraram alguns adereços de picadeiro, uma velha cortina de boca de cena e dois palhaços, meio perdidos, esperando alguém que venha tirá-los de lá, que venha dar-lhes um objetivo na vida, talvez o antigo dono.
O grupo
A Cia. Lona de Retalhos nasceu em 2006, da parceria entre duas atrizes que trabalhavam há seis anos como clowns num projeto de humanização hospitalar em São Paulo: Carina Prestupa e Thaís Póvoa.
Ficha técnica
Direção: Marcelo Gianini
Texto: Carina Prestupa e Thaís Póvoa
Elenco: Thaís Póvoa, Carina Prestupa e Marcelo Gianini
Cenografia: Cida Ferreira
Iluminação e operação de luz: Jorge Pezzolo
Figurino: Renata Régis Soares
Sonoplastia: Marcelo Gianini
Operação de som: Victor Balaton
Fotos: Sueli Almeida
Assessoria de imprensa: Thaís Póvoa
24 de agosto (terça) – 19h às 22h
Oficina: Dramaturgia e Processo Rodriguiano: Caminhos
Vagas: 20 (para interessados a partir de 14 anos)
Local: Galpão das Artes
25 de agosto (sábado) – 15h
Espetáculo: “Circo Musculóviski”
Troupe Parabolandos (Suzano)
Local: Centro Cultural Colorado
Classificação etária: livre
Duração: 90 minutos
Sinopse
O espetáculo retrata a história dos acrobatas Irmãos Musculóvski em seu circo. Um dia o apresentador do circo, Sr. Malignólio, um homem frio e sem coração, decide que vai acabar com a felicidade e sorrisos do circo. Então, começa a sabotar os números dos artistas, fazendo com que tudo se transforme numa grande confusão.
O grupo
Por meio de histórias simples, a Troupe Parabolandos transmite aos espectadores um pensamento maior e mais complexo. Utilizando a ficção, realiza uma crítica relacionada à sociedade atual e ao seu comportamento. Sua linha de trabalho segue, desde o inicio do grupo, em 2005, o teatro do absurdo. A partir de 2009, começou uma pesquisa aprofundada sobre o comportamento humano, com base na psicologia comportamental.
A Troupe Parabolandos, que é reconhecida como um grupo essencialmente de comédia, depois de passar por processos e projetos diferentes como “O Conto de Beatriz”, volta agora a fazer a clássica comédia. Porém surge a necessidade do grupo de experimentar novos desafios. Desta vez, se apresenta com uma linguagem clown, mostrando também a arte circense.
Ficha técnica
Dramaturgia, pesquisa e maquiagem: Gell Marcondes
Administração, figurino e cenário: Keyla Godoy
Marketing e publicidade: Marciana Macedo
Som e programações: Dani Lopes e Tomate Saraiva
Iluminação: Otávio Rodrigues e Tomate Saraiva
Apoio técnico e elenco: Kayc Rabelo e Rômulo Cabrera
Produção geral: Troupe Parabolandos
Assistente geral: Alex Velardo
Direção geral: Rafa Marcondes
Elenco: Alex Velardo, Bárbara Maria, Carla Shinabe, Dani Lopes, Daniel Maxuel, Gell Marcondes, Keyla Godoy, Marciana Macedo, Nayara Valentini, Rafa Marcondes e Rei Gomes
25 de agosto (sábado) – 20h
Espetáculo: “O Buraco da Fechadura” – Teatro da Neura (Suzano)
Local: Galpão das Artes
Classificação etária: 12 anos
Duração: 80 minutos
Sinopse
Livremente inspirado em obras do dramaturgo Nelson Rodrigues, a peça trata de personagens em momentos de extrema obsessão, com suas relações em situações-limite. Tendo como pano de fundo o futebol – outra obsessão de Nelson – as histórias são recheadas de cotidiano. Um sofrido cotidiano.
O grupo
Formado em 2004, o Teatro da Neura trabalha prioritariamente com dramaturgia própria, baseada em conceitos sociais e comportamentais. Procura, por meio de suas pesquisas de linguagem cênica, desvendar como esses conceitos se enraizaram na sociedade e levantar uma reflexão compartilhada com o público em intervenções diretas e indiretas. Mesmo quando opta por encenar clássicos, o grupo se direciona para um processo de pesquisa e releitura das obras, com enfoque nas questões mais interiores e conflitantes do ser humano, buscando a simbologia implícita nos textos.
É no aprofundamento dessa observação que as contradições escancaram-se. Fica inevitável, portanto, utilizarmos como material de criação cênica e dramatúrgica conceitos morais, religiosos, sexuais e familiares, deixando que o público se identifique segundo suas próprias experiências.
De forte atuação no desenvolvimento artístico da cidade, participa do Coletivo Cênico de Suzano, que junto com outros dez grupos, trabalha para formar público e elevar a participação de artistas locais na política cultural, tanto na cidade como na região do Alto Tietê.
Ficha técnica
Dramaturgia: Antonio Nicodemo e Tuane Vieira
Elenco: Andre Antero, Antonio Nicodemo, Amabile Luz, Fernanda Gomes, Pedro Henrique Bristow, Tai Montana e Tuane Vieira
Cenografia e figurino: Amabile Luz
Têcnica: Cibele Zuchi, Fernandes Junior e Carlos Rei
Participações especiais: Rui Longo, Nilceu dos Santos, Marco Sena, Marco Maida, Carol Portela e Luis Soares
Direção: Fernandes Junior
26 de agosto (domingo) – 15h
Espetáculo “Arrumadinho” – Trupe Olho da Rua (Santos)
Local: Praça Cidade das Flores
Classificação etária: livre
Duração: 50 minutos
Sinopse
Um cortejo profético e anunciador. Seis gerentes de venda e suas respectivas visões de mundo e de mercado, que por meio de um jogo intenso com o público, provocam, criticam e questionam o homem moderno, bem como a pateticidade que o cerca em relação ao trabalho e ao sonho de prosperidade.
“Arrumadinho”, da Trupe Olho da Rua, é uma revista épica-urbana, uma brincadeira de pular corda ou uma ode às indústrias farmacêuticas.
O grupo
No final de 2002, em Santos (SP), surge a Trupe Olho da Rua, com o intuito de desenvolver, pesquisar e estudar as técnicas do teatro de rua e suas possibilidades estéticas, buscando uma nova plateia, ausente das salas de espetáculos. A Trupe Olho da Rua é um grupo forte, de raízes e lutas coletivas. É um dos mais importantes grupos guerreiros de São Paulo. Atua nos movimentos sociais e no movimento de teatro de rua de São Paulo.
Ficha técnica
Direção: Zeca Sampaio
Assistente de direção: Caio Martinez Pacheco
Elenco: Caio Martinez Pacheco, João Paulo Pires, João Luiz Pereira, Raquel Rollo e Rogério Ramos
Técnica: Dani Coelho
Direção musical: coletiva
Figurinos: Trupe Olho da Rua
Cenário: Trupe Olho da Rua
Sonoplastia: Trupe Olho da Rua
Produção: Raquel Rollo e Caio Martinez Pacheco
Iluminação: Deus
26 de agosto (domingo) – 20h
Espetáculo: “O Incrível Homem pelo Avesso” – Grupo Contadores de Mentira (Suzano)
Local: Galpão das Artes
Classificação etária: 12 anos
Duração: 150 minutos
Sinopse
Uma epopeia, uma festa, uma celebração.
Uma procissão, uma feira, um banquete.
Um outro lugar…
O “Incrível Homem Pelo Avesso” é um teatro, uma feira, uma procissão, uma celebração, um banquete, um outro lugar, que desenterra a história do massacre de Canudos, em que mais de 25 mil pessoas foram dizimadas pela então recente República do Brasil. O espetáculo trata os canudenses, que dedicaram suas vidas à construção de uma nova realidade sertaneja, conduzida por Antônio Conselheiro.
Um circo rural, poetas populares, dois Tonhetas “à espera de Conselheiro” criam narrativas para recontar a memória daquele povo. Celebramos Canudos e Antônio Conselheiro e optamos por narrar os vários canudenses presentes na guerra. Adentramos na história do Brasil por um caminho contrário à ótica militar de “Os Sertões”, de Euclides da Cunha. Fomos contaminamos por figuras como Pajeú (criador da escola do ódio), Jardelina (que cuidava das mulheres), Ana do Bom Jesus (que sentia o gozo da fé), Beatinho (que organiza os fiéis), João Abade (o prefeito de Canudos), Vila Nova (o mascate) e Macambira (o estrategista), entre tantos outros sertanejos históricos que serviram de base para construção dramatúrgica deste projeto.
O grupo
O Grupo Contadores de Mentira atua desde 1995 em Suzano. Possui raízes fortes com a cidade onde produz e habita seu teatro. Atua como associação, como grupo de teatro, como mídia livre, como brincante, luta, resistência, articulação em rede, articulação com a comunidade, entendendo que um projeto é maior que um espetáculo isolado.
Os Contadores descobriram cedo que é necessário se organizar em coletivos, lutar por políticas públicas, e que dialogar com a comunidade é tão importante quanto a obra teatral. Assumir o papel de troca com a sociedade, identificando aqui a própria comunidade onde vivemos, falando de entretenimento como contra fluxo do gosto médio e das oportunidades sociais, com a necessidade de troca de vivências, de garantia de espaço para a fala e produção da cidade, bem como ser agentes de diálogo para as necessidades da população são atitudes dos Contadores de Mentira. São cerca de 20 espetáculos, além de inúmeras ações e provocações do grupo em Suzano.
Ficha técnica
Direção e dramaturgia: Cleiton Pereira
Composição e direção musical: Michael Meyson
Elenco/festeiros/brincantes: Ailton Barros, Ailton Ferreira, Arnaldo dos Anjos, Cleiton Pereira, Daniele Santana, Danilo Souza, Drico de Oliveira, Marco Senna, Michael Meyson, Marcos Lemes, Matheus Borges, Nara Borges, Priscila Klesse, Samuel Vital e Soraia Amorim
Atriz mirim: Gabi Oliveira
Músicos: Dani Anjos, Memeu Cabral, Michael Meyson e Sarah Key
Figurinos: Contadores de Mentira
Cenografia: Cleiton Pereira
Iluminação: Taciano Holanda
Cenotécnica: Patrícia Oliveira
Produção: Cleiton Pereira, Daniele Santana e Drico de Oliveira
Design gráfico: Daniele Santana
Assessoria de imprensa: Daniele Santana
Realização: Contadores de Mentira
Endereços
Centro Cultural Colorado Monteiro Lobato: rua Domingos Victorino, 68 – Jardim Colorado
Galpão das Artes: rua Nove de Julho, 267 – Centro
Praça Cidade das Flores: ao lado do Paço Municipal Firmino José da Costa (rua Baruel, 501 – Centro)
Praça João Pessoa: Centro
8ª MOSTRA DE REFERÊNCIAS TEATRAIS DE SUZANO
Curadoria e produção: Cleiton Pereira e Tuane Vieira
Direção de produção: Cleiton Pereira, Tuane Vieira e Fernandes Jr.
Produção geral: Drico de Oliveira e Rafael Marcondes
Assistentes de produção: Alex Velardo, Bárbara Maria, Carla Shinabe, Daniel Maxuel, Daniele Santana, Fabio Henrick, Gell Marcondes, Jhow Tavto, Karen Duovit, Keyla Godoy, Marciana Macedo, Otavio Rodrigues, Patrícia Oliveira e Pedro Henrique Bristow
Técnica: Carlos Rei e Taciano Holanda.
Fonte: Prefeitura de Suzano
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